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Sacolas Retornáveis

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

AMBIÊNCIA

Boa Noite companheiros da militância ambiental!

Vamos escrever um pouco sobre "AMBIÊNCIA"?

As reflexões que seguem, vem me acompanhando no dia a dia profissional, há mais de vinte anos, em função de atividades diversas como: artista amadora; aprendiz de alquimia, (fui bruxinha em remotas lembranças); educadora e também, fazedora de projetos de saneamento e educação ambiental.

Em 1993 decidimos mergulhar nas profundezas do ambiente saudável e cuidadoso.

Longos anos de estudo e ‘des’ estudo se passaram.

Em 2005, ao participarmos de um evento na cidade de São Paulo/SP, toquei em uma preciosa obra de Brandão. Folhei o conteúdo e lá encontrei a seguinte frase:

“Uma árvore cai com um grande estrondo. Mas ninguém escuta a floresta crescer” (provérbio africano). Tive uma explosão de inquietações.

Degustei obras de grandes figuras, as quais haviam escrito sobre educação para todos, para o povo, para as diferenças, enfim...

Estamos, aqui e agora, refletindo sobre diferenças sócio-culturais que cada ECO (casa) exige para sua permanência no planeta TERRA.

Mas cadê a “ambiência”? Vocês devem estar me perguntando.

Que me perdoem as ortodoxias, as patentes e os sabidos, por conseguir apenas dizer que o termo vem sendo utilizado, há alguns anos, por colegas ambientalistas de várias localidades do mundão de Deus.

Não saberia precisar quem, como, onde, quando e porque a palavra foi pronunciada. Então, já que somos seres imperfeitos e carregados de falhas, prefiro passar a responsabilidade para Ele, que provavelmente tem mais que a paciência de Jô, para nos agüentar e respeitar nossos desvios...

Ambiência, a meu ver, tem muito do que a Cely, a Ada, o Victor a Mirtoca e os ‘anônimos’ escreveram e enriqueceram nosso primeiro ponto. Tem haver também com a coragem de sermos responsáveis pela vida, pela bagunça da nossa casa e, principalmente, pela obrigação de sairmos do comodismo, achando que o outro deva cuidar do Planeta Terra para nós. Qual outro poderia cuidar se não os mesmos que usa nossa preciosa ECO de forma insustentável?

Por hoje é só!

Obrigada por sua leitura pacienciosa.

Sumaia Debroi

2 comentários:

  1. Olá Sumaia. Hoje eu estava dando uma aula de Psicologia da Saúde e eis que o tema da aula, já programada desde o início do semestre, era acolhimento.
    Pelo debate ocorrido, definimos acolhimento como um modo de trabalhar em saúde tendo em vista aqueles mesmo princípios já citados nos escritos daqui, a lembrar: o democrático, a integralidade e a ética da diferença.
    Na discussão em sala de aula pude acrescentar um ponto que não previa que é a idéia de auto-sustentabilidade, construída junto à discussão de ambiência aqui mesmo, por meio desse blog (o que demostra que o conhecimento vai além dos livros e da academia, e tem que ir). Permiti-me acrescentar essa idéia uma vez que, em saúde, usa-se da ambiência (aqui como um processo de vinculação entre pessoas que frequentam um serviço) como tática do acolhimento.
    Portanto, com o risco de fugir ao tema, mas ousando nesse risco, gostaria de discutir a ambiência por meio da idéia do acolhimento. Ambos compondo um modo de trabalho e possuindo ações que tendem à evidenciar (e produzir) o potencial de cuidado que o ser humano tem consigo e com o meio em que vive, incluindo, nesse meio, as pessoas, os ambientes, os animais, as plantas, os pertences, a arte e outras coisas que formam uma lista infinita. Mas o que se ressalta disso é a potencialidade do cuidado que se dá, entre as pessoas, principalmente pela relação dialógica (que extrapola a linguagem verbal). O diálogo é uma condição que possibilita o democrático, pois permite as pessoas se posicionarem; quando se posicionam, deixam-se conhecer, o que permite, não só a quem escuta, mas também a quem fala, a modificação da forma como as vemos. Essa modificação tem que ser buscada uma vez que somos seres em constante transformação, pois sociais (isso tem a ver no quanto apostamos nas pessoas). Esse processo do diálogo não se configura, necessariamente, por consensos (muito menos unânimes) caracterizando, pois, como fundado na diferença, na diversidade.
    E a questão que coloco, na tentativa, talvez forçada, de ligar o escrito ao tema do blog é: que tipo de comunicação fazemos com o meio em que vivemos, com as pessoas, animais e plantas? Existem várias formas de comunicação, ressalto duas: a dialógica (já abordada) e a do campo de concentração (privatizada em suas decisões e vertical). Se pensarmos que entre o homem e muitos pássaros, há gaiolas; se pensarmos que entre nós e a terra, há cercas; se pensarmos que entre o homem e o rio, há uma parede de lixo então talvez nossa comunicação seja a do campo de concentração.
    É lógico que a parte final desse texto, em especial, a conclusão, foi bastate forçada. Que me desculpem os demais, às vezes dou asas demais à imaginação.
    VICTOR

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  2. Olá Victor, bom dia!

    O termo ambiência é tão diverso que, a cada momento, nos deparamos com o desconhecido! Quanta riqueza!

    Você não fugiu do tema, ao contrário, seus comentários vem acrescendo sobremaneira nossos diálogos, já que a idéia é construir uma rede de comunicação com a vida, bem como você escreveu acima (as pessoas, as plantas, os animais... 'A GAIA'), com todas as ferramentas que esbarraremos...

    Certa vez abrimos uma atividade ambiental dizendo:
    'O MEIO AMBIENTE SOMOS NÓS!' nem sei se gramaticalmente está certo... hehe

    Muito lindo suas conexões. Não são nada forçadas. Vamos deixar a imaginação passear em campos floridos!

    Beijos no coração
    Sumaia

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