O blog “ContoEncantado” está nascendo agora, em 02 de dezembro de 2010.
Temos como meta instigar a reflexão, promover diálogo diverso, divertido e livre, cujo tema principal é “ambiência”.
O espaço está aberto! Com respeito e consideração aos poderes e saberes existentes, até para desconstruí-los talvez, quem sabe?
Transitar entre correntes diversas sobre "ambiência" será um grande desafio. Contamos com a cooperação do leitor amigo que se interessa pelas tantas ecologias.
Evitaremos palavra agressiva, violenta e/ou desrespeitosa. Portanto, faremos moderação dos comentários.
A prosa transparente, interativa e sem fronteira, tem a mão de todas as mãos que querem construir um planeta limpo e socialmente acolhedor!
Que força criadora do Cosmo, auxilie nosso trabalho.
Mãos a obra!
Sumaia Debroi - Psicologia Ambiental
Sucesso com seu blog...Com certeza muitos, como eu, foram confirmar o verdadeiro significado da palavra "ambiência".Isto já mostra que iremos pesquisar sobre o assunto.Passarei sempre por aqui...Bjs...
ResponderExcluirOi querida Ada!
ResponderExcluirObrigada por sua participação. A Cely propôs que escrevéssems sobre o que é "ambiência. Gostei da idéia...
Vamos iniciar essa primeira reflexão?
O que entendemos por "ambiência"?
Um beijo no seu coração
Sumaia
Genebra, 02/12/2010- Comentários de uma persistente educadora (68 anos)- Cely Wagner
ResponderExcluirEstamos realmente despedindo da última etapa de um sistema social planetário falido, fundamentado no consumo. Sem crítica, passou a vez dessa tentativa de um povo viver nesse planeta. Novo sistema social pouco a pouco vem sendo sutilmente construído no corpo mental de um povo que luta para sobreviver num planeta que se desgasta com nossas falhas humanas.
Ei-lo que surge tímido já há alguns anos: o “Sistema Ecológico”
Parabéns por essa iniciativa querida Sumaia. É urgente criarmos modelos educacionais, novos costumes, novas relações, revermos conceitos, em fim colaborar com a nova cultura, fundamentada nos paradigmas de uma visão da Era Ecológica.
Joseph Campbell dizia para mim há 15 anos: - É tempo de ressignificar! Trabalhamos muito nessa direção! Somos batalhadores, colaboradores na direção desse sonho.
Sim devemos auxiliar nesse processo iniciado há muitos anos atrás, onde alguns educadores previam a falta da prontidão da população planetária a fim de viver esse momento de transformação dos diversos “settings” sejam eles: setting educacional, setting terapêutico e agora fala-se em “ambiência”, o novo conceito para se referir ao setting “ambiente natural “ onde defende-se um exercício das atividades humanas coerentes com as necessidades planetárias.
Proponho uma primeira tarefa: - Vamos buscar juntos, significados para a palavra “ambiência”?
Encontrei essa definição nesse momento: - Ambiência seria o espaço arquitetonicamente organizado e animado que constitui um meio físico e, ao mesmo tempo, meio estético ou psicológico, especialmente preparado para o exercício de atividades humanas
Quero esclarecer que utilizo a palavra “setting” há 20 anos, porque não encontrei ainda, em nenhum autor um outro termo em português, que expressasse bem a descrição de um “espaço físico, mental, social psicológico, espiritual “ para desenvolver trabalhos em grupo. Pedi emprestado, certa vez, esse termo”setting” utilizado para os jogos esportivos: “ Não podemos jogar futebol com a bola de basquete. Cada jogo tem suas regras e materiais específicos.” Tem seu setting.
Fica aqui uma pequena colaboração. Continuemos! Precisamos ter coragem de colocar como entendemos, assim podemos nos complementar na construção da nova terminologia da era ecológica. Sempre é tempo de ressignificar!
E como dizia nosso poeta maior (FP) ..”sempre vale a pena se a alma não é pequena!”
Deixo registrado meu abraço fraterno a todos que lutam conscientemente para a formação da visão da Era Ecológica!
Cely Ribeiro Wagner psico pedagoga com formação em sócio-psicodrama numa linha psicológica trans pessoal.
Continuemos na definição:Ambiência-"Aquilo que envolve,que cerca,meio físico ou moral:viver numa ambiência agradável".
ResponderExcluirCitação com AMBIÊNCIA:"O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida,para um reinício".MARTIN LUTHER KING.
'Ao meu ver seria um espaço ligado `a Natureza para trabalhar com grupos: Valores, Necessidades,
ResponderExcluirFormas de Vida, Inter-Comunicações, Atividades Interativas, Posturas... Interligando-os ao físico - social - mental - ...psico e espiritual'
Mirtes
Olá Sumaia. Eu estava aqui escrevendo e lendo notas, quando vi o sítio do seu blog sobre "ambiência". Interessei-me de prontidão, pois essa expressão me é muito cara no trabalho com a saúde, você bem sabe disso. Nesse campo, ela se refere às possibilidades de relações num determinado espaço e tempo, normalmente um serviço de saúde, a dependerem, as possibilidades, dentre várias outras coisas, da estrutura física do espaço, de sua estética, das pessoas e seus vínculos e dos anseios de cada uma dessas pessoas, configurando-se, pois, como um espaço e um tempo marcado pela diversidade. Por essa característica, falar de ambiência, pressupõe extrapolar os muros dos referidos serviços e as travas de relações socialmente construídas e longamente reproduzidas; como já está claro, pelos escritos deste blog, a "ambiência" é uma expressão que tece uma forma de o homem se relacionar com o seu meio, daí sua direta ligação com o Sistema Ecológico, o qual perpassa todos os campos da atividades humana . Isso já justifica a criação de espaços, como este blog, de discussão. Ressalta-se que a ambiência tece uma determinada forma relacional, pois é propositiva, não está apenas interessada em dizer sobre a relação do homem com o meio, afinal, a degradação do meio é uma relaçao, não só possível, mas cotidiana e pode ser, inclusive, poeticamente referida. A ambiência diz, pois, de uma ética das relações, pautada no coletivo, no democrático, no auto-sustentável, na diversidade; uma ética da importância do disruptivo, de linhas de fuga que nos reaproxima dos detalhes das expressões, dos sentimentos, do respeito, da leveza nas relações. Voltando à primeira tese, de que a ambiência diz respeito às possibilidades de relações, deixo uma pergunta para suscitar o debate: o que facilita as possibilidades do surgimento ou da manutenção do coletivo, do democrático, do auto-sustentável, da diversidade? Abraço. Victor
ResponderExcluirBom dia Victor!
ResponderExcluirSenti, com sua reflexão, um mergulho nas profundezas da ambiência... Bela forma de expressar-se.
Obrigada querido! Você ampliou o debate, considerando a alteridade, que é fundamental para, verdadeiramente olharmos o coletivo, sem amarras e com muito respeito às diferenças.
Podemos lançar sua pergunta, como continuidade para nossa prosa:
"O que facilita as possibilidades do surgimento ou da manutenção do coletivo, do democrático, do auto-sustentável, da diversidade?"
Um beijo no seu coração!
Sumaia
Querida Mirtes, bom dia!
ResponderExcluirSeu olhar aprofunda no 'ser em relação':
consigo, com o outro, com a coletividade e com o Infinito Cosmo...
Lindo seu olhar!
Beijos saudosos
Sumaia
Genebra,05/12/2010 “Ambiência” estamos nesse espaço?
ResponderExcluirCely Wagner
Parecer de uma educadora teimosa!
- Ao meu ver os professores de uma forma geral estão preocupados e voltados para a busca de soluções práticas para evitarmos a degradação do nosso Planeta. Percebo mobilizações sinceras , com empenhos verdadeiros para enfrentar essa questão, mas as práticas e seus resultados tímidos,não me convencem. ( refiro-me a ecologia geral: interna e externa ou inter-relacional!)
Pergunto-me há muitos anos atrás:- Porque as práticas continuam compromissadas com o sistema de consumo? Sistema onde devemos servir a cultura criada pelas indústrias e empresas ou diversas organizações sociais?
-Há 20 anos atrás, no mínimo, eu já me questionava após fazer bons trabalhos sociodramáticos com professores de diversas escolas, em diversos estados do Brasil: - Porque os professores continuam servindo a um modelo educacional tradicional, conservando paradigmas ultrapassados? Deixo-lhes novos modelos, eles se conscientizam dos novos paradigmas de uma educação ambiental, mas ao voltar verifico pequenos e tímidos avanços. O que os seguram? Onde estou errando?
Hoje penso que é porque essa transformação, esse “setting da ambiência” esta sendo construído paulatinamente nos nossos corpos mentais!
A antiga cultura foi construída para servir ao sistema que resultou das práticas da Era industrial. Esse sistema vive seu processo até sua última fase.
Percebo que este sistema falido vai finalizar após o sistema ecológico ganhar espaço.
Atenção: - Já servimos muito aos dois Senhores!
Conforme construímos espaços para a afirmação de uma relação ecológica entre os seres
auxiliamos também a despedida de um sistema falido.
A vida deve ser mais simples, mais humana,mais verdadeira. Outros meios de comunicação ( como a internet) vai substituindo pouco a pouco o poder de uma comunicação tendenciosa , falsa e manipuladora:- A televisão.
Na vida individual ou em grupo pouco a pouco vê-se menor interesse pela TV. Nossos jovens voltam-se para a internet! Essa busca da informação e do conhecimento através da internet está nos auxiliando na construção da nova mentalidade. O Poder da televisão e de seus manipuladores somente será menor quando tivermos uma postura, uma atitude ecológica mais verdadeira.
Esperança volta a me passar novas tarefas. Percebo-me mais uma vez agindo rápido para dar conta das várias oportunidades que surgem cada dia, convidando-me a colaborar na construção de novos modelos educacionais.
Consciente de que somos formiguinhas! Juntos podemos. Vamos todos!
Todos que entram nesse espaço deixar sua colaboração, nos questionando, nos corrigindo, acrescentando ou nos fazendo excluir partes, pois nesse novo modelo de relação “ ecológica” vale a pena ficarmos abertos às diversas correções que devemos fazer em nós ou ao nosso redor.
Com esse exercício, de uma simplicidade espontânea, bem sabemos que estamos construindo:- melhores ações, maior compromisso com nossa natureza, elaborando em grupo nossas percepções individuais, a fim de compreendermos melhor o que é a simplicidade, a fim de deixarmos de mergulhar na complexidade de um sistema falido, porem, ainda acreditado por muitos!
“Tudo começa por um ponto” Veremos ao longo do nosso processo o que começou nesse ponto colocado pela preparada ambientalista Sumaia Debroi.
Obrigada por essa oportunidade de iniciar com vocês essa busca dos novos significados, essa divulgação da nova terminologia !
Tentarei estar semanalmente com vocês. Abraço fraterno! Cely
Olá blogueiros e parceiros da militáncia Ambiental!
ResponderExcluirTemos postagem nova!
Abraços fraternos
Sumaia
O dia em que a Terra parou
ResponderExcluirA cena já é conhecida: uma imensa esfera vinda do céu pousa no centro de alguma civilização político e hegemonicamente influente, causando alvoroço e curiosidade em alguns cantos, pânico em outros. Essa história, baseada no conto Farewell to the Master, do escritor Harry Bates, já foi relatada em duas versões no cinema. O enredo filmado em 1951, por Robert Wise é específico, retratando, claramente, um problema mundial como o foi a guerra fria. Já o filmado em 2008, com uma ótima atuação de Klaatu, aliás, Keanu Reeves e da belíssima Jennifer Connelly, nos trás um tema mais amplo, que ouso chamar de ambiência, pois se trata de mostrar que a relação entre o homem e o meio, entre o homem e a natureza, em especial, tem seus dias contados, pois desequilibrada. Mas a questão que aqui levanto não é essa. O que ressalto é que essa história é, erroneamente, considerada como uma ficção científica. Daí a contaram com flores e felizes finais, depois de um Armageddon quase irreversível, mandado para salvar a Terra da espécie humana e construir uma nova Era; a história relata que se salvou a nossa espécie nos últimos segundos da catástrofe final. Mas a verdadeiro rumo seguiu outro sentido, um sábio assim me disse.
O que ocorreu foi o pouso da esfera, o alvoroço e a curiosidade iniciais. Até aqui nada de novidades. O que não se contou ainda é que, estranhamente, a esfera fazia as pessoas viverem seus atos em relação a ela, dentre esses atos, os próprios desejos a quem a ela os dirigia. Por exemplo, houve o milico (guerreiro, defensor e outras designações a depender da civilização) que lhe atirou um objeto mortal, uma bala de revolver, por exemplo, que ao entrar na esfera, desferiu um golpe certeiro na cabeça de seu projetor, o milico, não se sabe com qual efeito físico; a bala simplesmente, sem ricochetear, atravessou a fronte do indivíduo. Um pelotão de policiais (ou guerreiros e etc), comandados para empurrar o globo, foram lançados, ao longe, sem explicação alguma; aqueles que lhe atiraram pedras, de pedras foram atingidos. A lista de ocorridos é infinda, tantos casos quantos são as ações humanas e nossos desejos. O importante é dizer que, nesse jogo de ação e reação, algumas pessoas, em volta do globo, morreram, outras choraram e algumas ficaram paradas. O raio de ação da esfera foi se aumentando progressivamente até que as pessoas que não viam e nem sabiam da esfera experimentavam, em suas vidas, o referido jogo que passou a ser a lei do momento, em todo globo, terrestre, é claro. Após alguns instantes, dois terços das pessoas da população mundial estavam mortos. O um terço restante estava parado, pensando cada um em seu calvário pessoal, mas com um plano de fundo em comum: buscavam paz. Por um instante, todas as pessoas pararam e, pensando nisso da paz, sentiram, no mais íntimo, uma sensação, indescritível, de paz. No instante seguinte, a espécie humana foi dizimada, levando, novamente, milhares e milhares de anos para se desenvolver em sociedade de Homo Sapiens Sapiens. Isso já ocorreu três vezes na história da Terra. Em todas as vezes, as aparelhagens que sustentam a caminhada humana (não que elas sejam necessárias) foram desligadas de sua força motriz, seja a eólica, a elétrica e outras mais, a depender dos anos em que ocorreram.
Em todas as vezes, a missão, de organizações extraterrestres, era de salvar o planeta Terra da progressiva morte, causada pela espécie humana, ecologicamente desequilibrada. Vivemos, pois, a quarta Era. É certo que um globo pousará mais uma vez em algum canto do mundo. O país em que pousará não me causa curiosidade alguma. O que me intriga mesmo é saber se será meu filho ou meu neto que presenciará o momento.