Olá leitor amigo!
Sentimos alegria e gratidão pela oportunidade de filosofar, com quem nos prestigia, neste respeitado jornal.
Muito do que escrevemos é produto de reflexões coletivas, ao encontrarmos uma e outra na caminhada diuturna. Ás vezes damos volta enorme, contudo, seguimos o mesmo caminho. Quase sempre não sabemos aonde vamos chegar, porém, como escreveu nosso querido filósofo e fiel jornalista Marco Aurélio Mello, em seu blog “DoLaDoDeLá”, (http://maureliomello.blogspot.com/): “Não sei ainda para onde minhas escolhas vão me levar, mas é para lá que eu quero ir”.
Filosofia é algo que não se apreende em livros de prateleiras, nas suntuosas bibliotecas espalhadas pelo mundo, mas sim em encontros e olhares que até parecem brincadeiras pueris. Mas quem disse que os maiores filósofos não são as crianças? Quem nunca brincou de descobrir se o primeiro a nascer foi o ovo ou a galinha? Tão infantil essa frase, assim como todas as frases que circundam nossas reflexões existenciais e que nos fazem humanos. Frases simples são as mais complexas.
Uma das diferenças entre todos os seres vivos e nós, seres humanos, é que estamos ainda vivos por termos o dever da “consciência de termos consciência”. Talvez nossa consciência tenha nos mostrado que somos os responsáveis pela destruição que vem acontecendo em todo o planeta. Será?
Nem todos, porém tem a vontade de refletir verdadeiramente sobre o assunto. Dá trabalho e tira-nos do trono confortável que estamos acostumados a sentar para apontar o erro alheio. Mal percebemos que, quando apontamos um dedo para o adversário, têm outros três apontados para nós e o dedão dando a maior força para olharmos a ilha que nos transformamos no mundo de hoje.
No mundo da internet, somos levados a estar com todos sem estar com ninguém. Falamos o tempo todo de tudo e se quer olhamos para os que nos ouvem.
A vida é feita sim de escolhas. Recebemos do Grande Mestre o livre arbítrio que nos responsabiliza por tudo que somos. Somos humanos e desejamos direitos, todavia, nem sempre cumprimos com nossos deveres. O maior dever sócio ambiental que temos é cuidarmos do nosso próprio lixo. Quanto lixo o ser humano gera? Lixo urbano, rural, audiovisual e principalmente mental.
Alguns filósofos dizem que o que nossa mente cria, aparece na nossa frente, em “carne e osso”.
Alguém já ouviu falar em “2001, uma odisséia no espaço, “Laranja Mecânica” “Guerra nas estrelas”, ou ainda em “Em dia depois do amanhã”? São filmes criados por mentes brilhantes. Temos esperado cair em nossos colos, a carne e o osso que criamos. Vamos continuar sentados, teclando, em confortáveis cadeiras e assistindo a destruição da natureza nas melhores posições “com a boca cheia de dentes, esperando a morte chegar”?
Já que o tema de hoje é filosofia, que tal levarmos essas reflexões para o nosso travesseiro e quem sabe criarmos uma grande reforma para o Planeta: A tomada verdadeira de consciência. Já passa da hora de sairmos para dar um passeio, longe dos abrigos ilusoriamente protegidos de um possível triste espetáculo.
Abraços fraternos
Sumaia Debroi
Psicologia Ambiental
Segue uma linda imagem criada pela cineasta Daniela Wagner – Genebra – Suíça.
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