Artigo do Jornal "O Conquistense" - O RAPAZ TRISTE

O Rapaz Triste

Olá Leitor amigo!

Certo dia, caminhava em um lindo parque, com canteiros cobertos de tulipas brancas, amarelas, laranjas, rosas e lilases.

O céu azul iluminava os olhares atentos aos mimos de Deus.

A revoada de diferentes pássaros parecia comemorar o equilíbrio das águas, na estação das flores.

O mundo estava sereno e tranqüilo, até me deparar com um rapaz, aparentando seus trinta e poucos anos, com vestimentas simples e olhar distante. Aproximei-me, com bastante cuidado, para não causar-lhe constrangimento ou susto.

Quando nossos olhos se encontraram, percebi que havia duas lágrimas saltando-lhe a face. Coloquei as mãos sobre as suas e, atentamente, ouvi sua história em absoluto silêncio.

Descreveu-me, com pormenores, o local do seu nascimento, os raios que se formaram no céu, as pessoas que, no local se encontravam; os presentes que recebera. Disse que havia algo mágico, em tanta simplicidade, no amor irradiado e na alegria dos semblantes amigos.

Contou-me também de sua trajetória terrena, da sua infância, dos seus afetos e desafetos, de suas conquistas pessoais e dos seus momentos tentação, de desespero e dor.

Disse também que, apesar dos percalços, sentia cumprir com sua missão.

Hoje, se sente muito entristecido porque, apesar de grandes esforços para ensinar o caminho do Amor genuíno do Pai, da solidariedade despretensiosa e da fé raciocinada, seus irmãos ainda não compreendem sua palavra.

Ele assiste lutas insensatas, por amor a deus, de igrejas suntuosas, palacetes brilhantes, que ele mesmo não reconhece; vê o Planeta Terra se alterando de forma desequilibrada e violenta, e os homens não se comprometem em respeitar as questões sócio-ambientais, porque lutam por poder.

Percebe mais uma vez, os avanços tecnológicos, que alcançam desenvolvimento extremo, mas a ética e a moral vem sendo desconsiderada.

Com tudo isso, sente uma dor profunda já que, cerca de alguns dias, as pessoas estão se preparando para comemorar o Seu nascimento, e ele mesmo, não tem nenhuma vontade de participar das festividades fugazes.

Feliz Natal para todos!

Abraços fraternos!

Sumaia Debroi